Título: “Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual”.
Comentarista: Pastor Antônio Gilberto
Lição 4: A Celebração da Primeira Páscoa
Data: 26 de janeiro de 2014
TEXTO
ÁUREO
"[...]
Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7b).
VERDADE
PRÁTICA
Cristo é
o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos
da escravidão do pecado e da ira de Deus.
HINOS SUGERIDOS
244, 282,
289
LEITURA
DIÁRIA
Segunda -
Êx 12.5
Um
cordeiro sem mácula deveria ser morto
Terça -
Êx 12.7
Sangue
foi aspergido nas portas
Quarta -
Êx 12.29-33
Morte nas
famílias egípcias
Quinta -
Jo 1.29
O
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
Sexta - 1
Jo 1.7
O sangue
purificador do Cordeiro de Deus
Sábado -
Hb 11.28
Pela fé,
Moisés celebrou a Páscoa
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
12.1-11
1. E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito,
dizendo:
2. Este mesmo mês
vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3. Falai a toda a
congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um
cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
4. Mas, se a
família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto
de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a
conta para o cordeiro.
5. O cordeiro, ou
cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou
das cabras
6 e o guardareis
até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de
Israel o sacrificará à tarde.
7. E tomarão do
sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o
comerem.
8. E naquela
noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a
comerão.
9. Não comereis
dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e
com a fressura.
10. E nada dele
deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no
fogo.
11. Assim, pois, o
comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado
na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.
INTERAÇÃO
O amor ao
dinheiro desperta o lado mais primitivo do ser humano. Por Na lição de hoje,
estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja - a Páscoa.
Deus queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por
isso, esta data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a
Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e
adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do
Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção
aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua
condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
- Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.
- Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.
- Conscientizar-se de que Cristo é a nossa Páscoa.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor,
para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: "O que significa a palavra
Páscoa?" Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa
"passar por". Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais
importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no
mês de abibe (março/abril).
Utilizando
o quadro abaixo, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios,
judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de
Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.
A PÁSCOA
|
|
A PÁSCOA
|
SEU SIGNIFICADO
|
Para os egípcios
|
Significava o juízo divino sobre o Egito
|
Para os israelitas
|
A saída do Egito, a passagem para a
liberdade.
|
Para os cristãos
|
É a passagem da morte dos nossos pecados para
a vida de santidade em Cristo.
|
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA-CHAVE
Páscoa:
Uma das mais importantes festas do povo hebreu em que comemoravam a saída do Egito.
A Páscoa
foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que
Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de
significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam
comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de
abril em nosso calendário), cujo significado são as "espigas verdes".
Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós,
cristãos.
I. A
PÁSCOA
1. Para
os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o
Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias
pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo
partir. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe
3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: "Deus
é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias" (Sl 7.11). O pecado, a
idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava
sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma
última praga. Então o Senhor falou a Moisés: "À meia-noite eu sairei pelo
meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá" (Êx 11.4,5). Foi
uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.
2. Para
Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e
abundante. Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao
terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã
abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos
judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para
trás. Os israelitas teriam sua própria
terra e não seriam escravos de ninguém.
3. Para
nós. Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus,
mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue
nos redimiu dos nossos pecados (1 Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a
passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No
Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus
pelo mundo inteiro (Jo 3.16).
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
Para nós
cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de
santidade em Cristo.
II. - OS
ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão.
Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse
crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de
fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em
o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso
ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza
vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como "o pão da vida"
(Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à
nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a
sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As
ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no
cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram
cativos do Egito.
3. O
cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue
derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um
símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da
Páscoa judaica era uma representação do "Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo" (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para
redimir todos os filhos de Adão (1 Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado
no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo
que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos
nossos pecados.
SINOPSE
DO TÓPICO (II)
Os três
elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.
III.
CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. Jesus,
o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51). Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a
fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez,
Ele afirmou: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá
fome" (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da
humanidade. Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente.
Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2 Co 5.19).
2. O
sangue de Cristo (1 Co 5.7; Rm 5.8,9). No Egito, o sangue do cordeiro morto só
protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação
não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o
primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus
(Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela
graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.
3. A
Santa Ceia. A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte
redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: "Em memória de
mim" (1 Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso
lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência,
discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial
da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se
tornará réu diante de Deus (1 Co 11.27-32)
SINOPSE
DO TÓPICO (III)
A Ceia do
Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à
sua vinda.
CONCLUSÃO
Deus
queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi
santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem,
festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua
libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu
para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do
pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande
salvação.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"O
propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a
libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo
sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme
mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: 'e demonstrar a todos qual
seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus'
(Ef 3.9); [...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da
fundação do mundo' (1 Pe 1.20).
Cristo é
a nossa Páscoa (1 Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro
deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês
do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa
exigência (1 Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do
cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado
pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos
de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser
quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo
19.33-36)" (COHEN, Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1998, p.42).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Bibliológico
"Êxodo
12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como
ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa
não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A
congregação de Israel (v. 47); os escravos (v. 44), quando circuncidados, por
terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v. 48), gentios que
tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.
43), pagão e incrédulo; o viajante (v. 45) que, hóspede ou de passagem, ficava
algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v. 45), que pertencia
a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias
por causa da 'mistura de gente' (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as
instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram
passadas logo após essa 'mistura de gente' deixar o Egito (12.37-39)"
(HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007,
pp. 191-92).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
COHEN,
Armando Chaves. Êxodo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
SAIBA
MAIS
Revista Ensinador
Cristão
CPAD, nº
57, p.38.
EXERCÍCIOS
1. O que
significou a Páscoa para os egípcios?
R. Para
os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e
todos os falsos deuses cultuados ali.
2. Qual o significado da Páscoa para Israel?
R. Era a saída, a passagem para a liberdade,
para uma vida vitoriosa e abundante
3. Qual o
significado da Páscoa para os cristãos?
R. Para
nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de
santidade em Cristo.
4. Quais
os elementos da primeira Páscoa?
R Pães asmos, ervas amargas e cordeiro. 5. Por
que Cristo é a nossa Páscoa?
R. Porque
Ele morreu em nosso lugar para nos redimir de nossos pecados. Cristo nos livrou
da escravidão do pecado e sua condenação eterna.
Disponibilizamos a todos, que, quiserem aprender a Palavra de Deus através das Lições Bíblicas Jovens e Adultos da CPAD. Da Escola Bíblica Dominical, faça bom uso da Palavra de Deus através das Lições. Mas por favor, não modifiquem o conteúdo das lições postadas neste blog, e, indiquem a fonte em nome de Jesus!